Trabalho bibliográfico

11 de novembro de 2009 - - 1 Comments

Introdução

Apesar de não haver uma palavra na língua portuguesa que expresse o significado do termo ‘Bullying’, algumas palavras servem para defini-la: agredir, amedrontar, assediar, discriminar, divulgar apelidos depreciativos, dominar, excluir de um grupo, humilhar, ignorar, isolar, perseguir, zoar, entre outros.

O Bullying é a prática discriminatória que ocorre entre grupos de pessoas, sempre escolhendo um deles como “a bola da vez”, a “ovelha negra” da turma.

A palavra inglesa “Bully” significa “valentão”, o autor das agressões. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de Bullying pela turma.

O Bullying é classificado como todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que acontecem sem motivação aparente, adotadas por um ou mais integrantes de um grupo com outro (s), causando dor e angústia, sendo praticada numa relação de desigual poder.

Suas principais características são atos repetidos entre membros de um mesmo grupo com desequilíbrio de poder e intimidação das vítimas.

Os autores do Bullying são identificados como indivíduos com pouca empatia, geralmente vindos de famílias desestruturadas, com pouco relacionamento afetivo entre seus membros que, por sua vez, usam da pressão como forma de intimidação doméstica e difundem o comportamento agressivo como solução de problemas.

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros.

Os alvos são tidos como jovens altamente inseguros, de auto-estima baixa, passivos, quietos, de poucos amigos. Sem forças para reagir aos assédios e sem esperança de se adequarem ao grupo, freqüentemente trocam de colégio ou até mesmo abandonam os estudos.

Este é encarado como um problema nacional e internacional, sendo encontrado em diversos ambientes e grupos mais principalmente em ambiente escolar. O Bullying acontece em qualquer instituição de ensino básico não estando restrito a um tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.

Justificativa

O Bullying é uma prática que se faz presente no dia-a-dia de todos nós. Vista hoje como um grande problema mundial, essa prática pode acorrentar sérias conseqüências e danos tanto a quem pratica quanto a quem sofre as humilhações.

As primeiras pesquisas surgiram 1978, na Noruega, com trabalhos realizados pelo professor Dan Olwes, na Universidade de Bergen.

Ocorrendo em sua maioria no ambiente escolar, pode ocorrer também no mercado de trabalho, em pequenos grupos de amigos, ou até mesmo dentro do ambiente doméstico.

Pesquisas mostram que pelo menos 90% da população brasileira já sofreu, presenciou ou praticou alguma forma de Bullying, o que nos deixa claro a gravidade desse assunto que de forma silenciosa interfere na formação contribui para a degradação do ambiente escolar, e principalmente no relacionamento entre as pessoas.

O problema já foi identificado e comprovado, agora nos resta alertar, prevenir e combater esse tipo de prática, pois muitas vezes os autores e vítimas do Bullying, não sabem da gravidade e nem mesmo que esse tipo de comportamento agressivo tem nome.

O Bullying é uma falta de respeito e amor ao ser humano, e creio ser o papel de todos nós divulgarmos e buscarmos a conscientização e alternativas, a fim de eliminar esse tipo de preconceito.

Objetivos

Identificar a ocorrência e o conhecimento do Bullying na cidade de Bauru, a fim de traçar o perfil das regiões onde ocorrem com maior freqüência e agressividade.

Objetivo geral

O objetivo central dessa pesquisa é a elucidação quanto ao tema “Bullying”.

Presente em ambientes de todo o mundo não se limita apenas a lugares restritos, como apenas à nossa escola, seu ângulo de inclusão vai além, se enquadrando dentro de muitas instituições. É um tema muito abordado hoje em dia, por diversas frentes de pesquisa, com o intuito de explicar disfunções comportamentais, tanto do agressor quanto da vítima.

Nosso objetivo é mostrar as raízes do ponto de vista histórico, elucidar melhor o problema aos que o desconhecem, realizar pesquisas de campo e buscar soluções conjuntamente com a comunidade envolvida.

Objetivo específico

Nosso objetivo específico é buscar dentre os perfis avaliados, as seguintes informações.

Dos agressores: qual é o seu percentual, o possível motivo pelos quais se utilizam da prática de atos agressivos para com os que estão dentro do seu ambiente de convívio, o relacionamento familiar e o quanto sua atitude influência os outros.

Dos alvos: seu percentual, o nível de auto-estima e o relacionamento com os companheiros após os ataques.

Das testemunhas: o quanto os agressores o intimidam, quais as possíveis soluções do ponto de vista dos mesmos, qual o medo de serem eles os futuros agredidos, e qual a propensão de quererem agredir outros. 

Bullying

O que é Bullying?


O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.

Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:

Agredir, amedrontar, assediar, aterrorizar, bater, chutar, colocar apelidos, discriminar, dominar, empurrar, encarar, excluir, fazer sofrer, ferir, gozar, humilhar, ignorar, intimidar, isolar, ofender, perseguir, quebrar pertences, roubar, sacanear, tiranizar, zoar.

E onde o Bullying ocorre?

O BULLYING é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.

De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying?

Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar:

- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;

- alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;

- autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;

- testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.

Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo.

Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.

Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.

As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.

E o Bullying envolve muita gente?

A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana.

O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bullying.

Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.

Quais são as conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar?

Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo.

Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.

Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:

- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava.

- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.

As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?

As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola.

Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo.

Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio.

E para os autores?


Aqueles que praticam Bullying contra seus colegas poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.

Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos de delinqüência ou criminosos.

Testemunhas

E quanto às testemunhas?


As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.

Cyberbullying

Uma nova forma de Bullying, conhecida como Cyberbullying, tem sido observada com uma freqüência cada vez maior no mundo.

Nestes casos são utilizados e-mails, telefones celulares, mensagens por pagers ou celulares, fotos digitais ou sites pessoais para a adoção de comportamentos hostis de um indivíduo ou grupo, que pretende causar danos a outro(s).

Há dois anos, o garoto negro C.B.A. foi vítima de uma comunidade racista do orkut autodenominada Anti-heróis, que expôs a sua foto com a inscrição "Vingue-se no pretinho", incitando os internautas a descarregarem sua fúria no adolescente.

A segurança e auto-estima da família foram fundamentais para que o garoto não se abalasse. "No começo ele teve medo, mas nós o convencemos de que medo não era a saída" conta o estudante de jornalismo Dante Batista e irmão mais velho da vítima.

"Eu disse a ele que os ofensores não eram pessoas normais e que ele não deveria ligar para o que os outros dizem mas para o que ele realmente era" afirma a enfermeira Maria Aparecida Batista, mãe do garoto.

Hoje, com 15 anos, C.B.A. leva uma vida normal, dentro do que é possível para um adolescente: "Agora ele adotou um visual moicano e nem se importa com os comentários" diz a mãe. “Pra assumir uma postura dessa tem de ter muita personalidade" festeja.

Bullying no Brasil

Ainda há poucos indicadores das ações de Bullying no Brasil. Mas pesquisas feitas em 2000 pela Unesco com jovens de diversas cidades do país mostraram que cerca de 60% dos jovens na faixa etária de 14 a 19 anos de idade foram vítimas de algum tipo de violência no ambiente escolar.

"Os primeiros trabalhos ficaram restritos aos meios acadêmicos" argumenta o Dr. Lopes Neto. "A partir de 2000 a pesquisadora Cléo Fante fez um levantamento em São José do Rio Preto, interior de São Paulo e em 2002 a Abrapia desenvolveu seu projeto no Rio de Janeiro".

Tanto as pesquisas internacionais quanto as realizadas aqui trazem a mesma conclusão: as vítimas de Bullying podem sofrer de depressão, insegurança, problemas escolares ou síndrome do pânico.

Casos mais extremos podem levar a ações violentas que culminem em homicídios ou suicídios. Quando não há intervenções efetivas contra o Bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado e todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo.

Bullying no Mundo

Ocorre de forma mais intensa e violenta em países desenvolvidos, como EUA, Japão e Canadá.

O exemplo dos jovens Eric Harris e Dylan Klebold, descreve dramaticamente a dimensão da gravidade: os estudantes da Columbine High School, no Colorado, EUA, mataram 13 colegas e depois se suicidaram.

Testemunhas afirmaram que os dois garotos eram alvos de piadas na escola. A história foi levada ao cinema pelo diretor Michael Moore, com o título Tiros em Columbine.

Medidas Eficientes contra o Bullying

As crianças e adolescentes podem ser identificados como vítimas, agressores ou testemunhas de situações de Bullying. É mais comum entre alunos com idades entre 11 a 13 anos e menos freqüente na educação infantil ou no ensino médio.

O Bullying direto - como os apelidos, agressões físicas e ameaças - é utilizado com uma freqüência quatro vezes maior entre os meninos. O Bullying indireto - que compreende atitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos - é mais adotado pelas meninas.

Com base nessas informações o Dr. Lopes Neto coordenou o Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes.

Cinco mil e quinhentos alunos da quinta à oitava série do ensino fundamental em 11 escolas (nove públicas e duas particulares) foram submetidos à ações capazes de prevenir a ocorrência do Bullying. Em pouco mais de um ano, foi registrada uma redução na agressividade entre os estudantes, favorecendo o nível de aprendizado e o ambiente escolar.

 "O objetivo maior das ações antibullying é a promoção da amizade, solidariedade e valorização da diversidade" relata o coordenador do programa.

Formas de Combate

O Bullying praticado por crianças e jovens, já atinge 45% dos estudantes de ensino fundamental no Brasil, seja como agressor, vítima ou em ambas as posições.

Os dados são do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar, que acompanha pesquisas em ao menos oito cidades do país, como Maceió e Belo Horizonte.

Os números da pesquisa do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação batem com estatísticas internacionais e já existe um perfil traçado.

As vítimas têm em média 11 anos e são pessoas tímidas, com alguma característica física ou comportamental marcante como obesidade, usar óculos, baixa estatura. Já os agressores gostam de dominar e têm entre 13 a 14 anos. Foram mimados pelos pais e costumam ser líderes de seus colegas. Os meninos (60%) são maioria e as meninas costumam ser mais cruéis.

Segundo Jeanete Aparecida do Nascimento, Coordenadora pedagógica do Colégio Integrado de Guarulhos, quem rotula e descrimina também não se aceita de alguma maneira. “Para combater o Bullying e todo tipo de descriminação a melhor saída é incentivar a socialização entre os adolescentes”.

Por meio da convivência em atividades, brincadeiras e viagens os alunos aprendem a aceitar e entender o outro como é" garante ela. "Em uma viagem os estudantes ficam distantes dos pais e mais próximos dos colegas. Dividem os mesmos quartos e as mesmas tarefas. Nesses momentos conseguem compreender melhor aqueles que consideravam 'chatos'".

O trabalho de monitores vai além da diversão, eles apresentam peças de teatro que falam sobre a importância da família, dos amigos e do amor próprio.

Fazem também uma dinâmica noturna em volta da fogueira que aproxima os estudantes. Eles voltam para casa diferentes. Mais conscientes e aceitando as diferenças. Percebem que todos tem defeitos e ficar falando neles nem sempre é divertido." diz André Fedel da Joy Turism.

Bullying entra para o disque denúncia

A pedido do Ministério público da Paraíba, o Programa Disque Denúncia Nacional (Disque 100) está recebendo também denúncias de casos de Bullying do Brasil inteiro. A reivindicação foi feita pela Promotoria de Infância e Juventude de João Pessoa ao Ministério da justiça e a Secretaria de Direitos Humanos.

“Com o atendimento da solicitação, a sociedade brasileira agora terá um instrumento eficaz para denunciar os casos de Bullying sem que haja a necessidade de se identificar”, observou a Promotora da Infância e Juventude, Soraya Escorel.

Segundo informação da Coordenadora do Disque Denúncia, Leila Paiva, a equipe do Disque 100 está sendo orientada a realizar a escuta, o registro e o encaminhamento de denúncias que envolvem casos de Bullying.

Para a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, nos casos de Bullying, o constrangimento deve ser caracterizado no relato da denúncia para constatação da existência de violência física, psicológica ou discriminação.

Exemplos de Casos

Garoto é esmurrado e família vê Bullying

(fonte: CORREIO DO ESTADO-MS- 4 de junho de 2008.)

Mais um caso de Bullying pode estar acontecendo em um colégio particular de João Pessoa. Um garoto de 14 anos foi agredido na sexta-feira passada depois de ser “xingado” por várias semanas pelos colegas de escola.

De acordo com a mãe do adolescente, Cristiane Arcela, desde o início do ano ele vinha sofrendo agressões verbais, mas nas duas últimas semanas a situação se agravou resultando numa briga na qual ele acabou sendo esmurrado.

Os pais do garoto prestaram queixa, ontem, na Delegacia da Infância e Juventude e hoje irá ao Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer exame de corpo delito.

A denúncia foi feita também no Conselho Tutelar Norte do Bairro dos Estados e, segundo a mãe da vítima, poderá ser feita ao Ministério Público.

O fato foi registrado por uma câmera de celular de um dos colegas e deve ser utilizado pelos pais do garoto para fortalecer a denúncia.

Cristiane disse que o filho usa um aparelho dentário e isso estaria sendo o motivo da discriminação dos outros meninos da escola, já que provoca um distúrbio na fala do mesmo.

Ela disse que o filho é um garoto tranqüilo e acredita que a agressão sofrida por ele se trata de mais um caso de Bullying. “A agressão verbal que meu filho já vinha sofrendo somada a agressão física caracteriza o Bullying.

Então ele está sendo vítima disso sim e nós pretendemos levar o caso a frente até para conscientizar as pessoas que violência é uma coisa que tem que ser banida na nossa vida”, afirmou.

Cristiane Arcela não quis citar o nome da escola porque, segundo ela, o fato aconteceu fora das instalações da mesma. A mãe da vítima relatou que depois de várias semanas sendo agredido verbalmente o garoto resolveu marcar um encontro com o agressor para “resolver a questão”.

Depois da briga iniciada, um outro adolescente, da mesma idade, segurou a vítima e deu vários murros no rosto do menino. “Ele agrediu meu filho covardemente. Pegou o menino pelas costas e, além disso, foram dois contra um. Mas, tudo foi registrado em vídeo por um celular e nós pretendemos usar as imagens na acusação”, informou.

Depoimento de uma vítima

(fonte: comunidade do orkut "Bullying: As marcas ficam")

Refleti muito antes de escrever esse tópico, porque acho delicado o assunto, mas necessário. Eu observo que muitas pessoas aqui passaram pelo que passei e isso ainda as machuca consideravelmente, como durante anos me machucou. Porem, uma frase de Sartre serviu como vértice para uma nova direção: Não importa o que o mundo faz com você, o que importa é o que você faz com que o mundo faz a você!

E essa a pergunta que levanto aqui: Se um dia sairemos da postura da tristeza e do desabafo e passarmos a assumir a historia do Bullying em nossas vidas, mas nos recusarmos a carregar o rotulo. Sim, hoje eu tenho 30 anos e sofri Bullying, mas me recuso a carregar esse rotulo. Eu sou eu, isso fez parte da minha historia, mas eu não terminei nela.

As coisas que realizo em minha vida são tão maiores, que eu sei que a galerinha que fez isso comigo não chegaram tão longe n vida como eu cheguei. Essa é uma mensagem de esperança.

Desejo que todos como eu, arrisquem a serem mais e não deixar que esse acontecimento os rotule e direcione a vida de vocês.

Desejo que vocês sejam maiores. Mas pra isso é necessário um primeiro triunfo, que é o triunfo sobre si mesmo. Levantem a cabeça e não sintam vergonha de vocês. Não se isolem dos outros, não se deixem intimidar.

Pensem em pessoas que sofreram coisas piores na vida e seguiram em frente. Eu sei que Bullying traz sérios problemas psicológicos, mas infelizmente ainda somos nós quem resolvemos se vamos continuar vivendo essa historia e deixando que ela nos influencie ou se vamos nos permitir construir uma outra.

Beijos a todos e espero que compreendam o que quero dizer. Não importa o que a galerinha pop pensa de você. O que eles vão ser daqui ha 20 anos? A maioria ninguém como ninguém, nesse mundo de ninguém.                      

Pesquisa

População / Pessoas entrevistadas

O universo da pesquisa é de aproximadamente 400.000 habitantes, da cidade de Bauru, tendo como amostra 200 pessoas, que totaliza 0,05% da população.

As entrevistas foram realizadas nas regiões da cidade, e abrange desde crianças a idosos, mas o principal foco é atingir pessoas em idade escolar.
Segue os dados:

Dados coletados

Qual é sua idade?


 


Comentário: Como podemos analisar, o montante maior de pessoas entrevistadas esta na faixa entre 16 a 20 anos, ou seja, os jovens. Essa é a faixa mais atingida por problemas de Bullying.

Qual o seu sexo?



Comentário: No gráfico acima podemos ver que 52% da pessoas entrevistadas são do sexo feminino, portanto é possível dizer que os dados estatísticos são médios para os sexos.

Qual seu grau de escolaridade?

 
Comentário: No quadro acima observamos que 100% das pessoas entrevistadas cursam ou já cursaram a escola, o que mostra que a probabilidade de haverem vitimas de bullying é muito alta.

Já foi vítima de Bullying?


Comentário: Como previsto, mais da metade (56%) das pessoas entrevistadas sofreram ou sofrem algum tipo de agressão. Esse é um dado alarmante.

Se sim, como se sentiu?


Comentário: O gráfico acima nos mostra que a maioria das pessoas se sentiu irritada ao ser vitima de bullying, uma atitude considerada normal. Mas podemos observar que todo o resto se sentiu de alguma forma amedrontado ou inferior, e isso pode ser considerado ruim.

Qual foi sua vontade no momento?


 
Comentário: Nesse gráfico pode ser visto a vontade da pessoa. Mais que a metade dos entrevistados sentiu vontade de agredir também.

Quais foram as conseqüências?

 
Comentário: Aqui podemos perceber que a maioria levou a “brincadeira” numa boa, o que é preocupante, pois como vimos no decorrer do trabalho, isso realmente não é uma brincadeira.

O que você pensa das pessoas que praticam o Bullying?

 
Comentário: Nesse gráfico vemos que os que cometem o Bullying não são vistos com belos olhos pela população.

Você acha que a culpa do Bullying é de quem?

 
Comentário: Aqui vemos que a culpa realmente é de quem agride. 52% dos entrevistados pensam isso.

Quem cometeu Bullying com você era?

 
Comentário: Como vimos, quem comete o Bullying ainda são os homens, as mulheres não estão muito atrás mas ainda é menos aparente.

Que tipo de Bullying você sofreu?



Comentário: 57% dos entrevistados foram vítimas da agressão verbal, a que é a mais sutil e a que há menos jeitos de se provar.

Você já fez alguém passar por uma cena de Bullying?


 

Comentário: A maioria dos entrevistados já fez alguém passar por algum tipo de humilhação.

Qual é o verdadeiro objetivo do Bullying, em sua opinião?

 
Comentário: Os agressores aqui são tidos aqui como pessoas à toa, que se divertem à custa dos outros. Algumas vezes, esses agressores possuem sérios problemas familiares, e por isso agridem os outros. Precisariam de um acompanhamento médico.

Você sabia que o Bullying pode até mesmo causar suicídios ou assassinatos?

 
Comentário: Essa pergunta nos mostra um bom resultado: as pessoas estão informadas sobre o Bullying e o que ele pode causar.

Qual atitude você acha que os professores devem tomar diante de atos de Bullying?


Comentário: Metade da população pesquisada pensa que os professores devem terminar com essas “brincadeiras”, mas muitas vezes, eles também ajudam a “brincar”.

Você já foi vítima de Cyberbullying (Bullying pela Internet)?

 
Comentário: Esse gráfico nos mostra que pela internet, os jovens não estão sofrendo tanto com as agressões. E poderia ser evitado mais ainda, se houver a conscientização de todos.

Conclusão

Concluímos que o Bulliyng está presente no nosso dia-a-dia de forma intensa. A maior parte da população tem um grande conhecimento sobre o assunto, mais já estão tão acostumadas com o problema que geralmente o encara como se fosse somente uma “brincadeira”.

Cabe a todos nós buscar a conscientização das pessoas, afim de erradicar o problema.

Agradecimentos

Agradecemos as pessoas que contribuíram para a execução desse trabalho.  A todos que responderam o questionário e nos deram apoio moral.

Aos professores pela oportunidade dada. Aos colegas de sala que ajudaram a sanar algumas dúvidas do grupo.

Bibliografia / Infografia

http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm#OqueE; 02/04/2009.
http://www.scribd.com/doc/529478/PROJETO-BULLYING; 03/04/2009.
http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm; 04/04/2009.
http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm; 04/04/2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying; 04/04/2009.
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/mydownloads_01/visit.php?cid=36&lid=970; 07/04/2009.
Jornal da Cidade, 12 de fevereiro de 2006, Caderno Ser, página 1; 08/04/2009

Anexos

Questionário


Bullying: atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo.

Qual é a sua idade?
(  ) 10 a 15
(  ) 16 a 20
(  ) 21 a 30
(  ) 31 a 40
(  ) 41 a 50
(  ) 51 ou mais

Qual o seu sexo?
(  ) M
(  ) F.

Qual é seu grau de escolaridade?
(  ) Fundamental incompleto
(  ) Fundamental completo
(  ) Médio incompleto
(  ) Médio completo
(  ) Superior.

Já foi vítima de Bullying?
(  ) Sim
(  ) Não.

Se sim, como se sentia?
(  ) Irritado
(  ) Com vergonha
(  ) Triste
(  ) Com medo
(  ) Outros.

Qual foi a sua vontade no momento?
(  ) Gritar
(  ) Sumir
(  ) Agredir também
(  ) Chorar
(  ) Outros.

Quais foram as conseqüências?
(  ) Mudei de escola
(  ) Tive que ir ao psicólogo
(  ) Levei numa boa
(  ) Outros

O que você pensa das pessoas que praticam o Bullying?
(  ) Tem pena
(  ) Não gosta deles
(  ) São “brincalhões
(  ) Outros.

Você acha que a culpa do Bullying é de quem?
(  ) Da escola
(  ) De quem é agredido
(  ) De quem agride
(  ) Outros.

Quem cometeu Bullying com você era:
(  ) Homem
(  ) Mulher.

Que tipo de Bullying você sofreu?
(  ) Verbal
(  ) Física
(  ) Racial
(  ) Outros.

Você já fez alguém passar por uma cena de Bullying?
(  ) Sim
(  ) Não.

Qual é o verdadeiro objetivo do Bullying em sua opinião?
(  ) Deixar a pessoa mais “esperta”
(  ) Simplesmente se divertir à custa dos outros
(  ) Assustar, amedrontar
(  ) Outros.

Você sabia que o Bullying pode causar até mesmo suicídios ou assassinatos?
(  ) Sim, já vi noticias na TV
(  ) Não
(  ) Nunca tinha ouvido falar.

Qual atitude você acha que os professores deveriam tomar diante de atos de Bullying?
(  ) Punir severamente os responsáveis
(  ) Aderir, entrando na brincadeira
(  ) Proibir terminantemente
(  ) Outros.

Você já foi vítima do Cyberbullying (Bullying pela internet)?
(  ) Sim
(  ) Não

Revisão Bibliográfica

Texto 1

Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes

Bullying é toda a atitude agressiva, tanto física como psicológica, que é executada por um aluno ou em grupos, que tem como alvos principais os que alunos que não tem muitos amigos, ou que não dispõe de habilidades para poder reagir contra esses agressores.

O Bullying ultimamente está se tornando mais freqüente nas escolas, não importa se seja publica ou privada. Alguns alunos que tem o comportamento agressivo percebem que suas atitudes não estão sendo combatidas e resolvem adotá-lo.

Os alunos que praticam esse tipo de ato têm problemas com o relacionamento na família, recebe pouco afeto dos pais, ou até é incentivados por eles.

Os alunos que sofrem essa agressão, podem não superar esse trauma, até podendo ficar acostumado a esse tipo de agressão sofrido, podendo sofres crises de depressão e ter que receber ajuda psicológica.

Texto 2:

Bullying: Maldade sutil

Segundo a ABRAPIA – Associação Brasileira de Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência, Bullying é atitudes agressivas intencionais e repetidas, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s).

A psicóloga Isabel Cristina Dalco (especialista em crianças e adolescentes) diz que diariamente alunos do mundo todo sofrem algum tipo de violência mascarada na forma de “brincadeira”.

Suas seqüelas vão desde a queda da auto-estima, depressão, baixo rendimento escolar, até o suicídio em casos extremos.

A ABRAPIA pesquisou em 2002, no Rio de Janeiro 5.800 alunos de 5ª a 8ª séries sobre o Bullying:

- 40,5% dos alunos dizem ter se envolvido em situações de Bullying aquele ano;

- 16,9% dos alunos foram alvos

- 10,9% dos alunos foram alvos e autores ao mesmo tempo;

- 12,7% dos alunos foram autores.

- Pessoas que entram na escola atirando, é considerado Bullying.

Acontecimento importante!

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No dia 17/10/2009, o estudante Lúcio Marcelo, aluno do curso de pedagogia na faculdade Uninove em Bauru, após visitar a nossa página virtual enquanto pesquisava sobre o tema na internet, entrou em contato conosco via email, ressaltando que fizemos um excelente trabalho, e solicitando que nós analizassemos os arquivos que ele estava desenvolvendo.
Após analizar o trabalho do Lúcio, alguns dos integrantes do grupo mativeram contato com o ele via messenger, respondendo as dúvidas e dando dicas para a melhora do trabalho dele.

A seguir a foto do corpo do e-mail mandado pelo Lúcio:





Slides da apresentação - 1

28 de outubro de 2009 - - 0 Comments


Slides da apresentação - 2

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